I g n o r a l o s b e s o s
q u e p i n t a r o n el a l m a u n d í a
co n l o s c ál i d o s c o l o r e s
d e u n a p i e l de vana lumbre
so s t e n i e n d o l a p a l e t a
fr e n t e a l l i e n z o d e l a v i d a
con e s b o z adas f i g u r a s
d e c o n c e p c i ón s u r r e a l i s t a .
Ig n o r a l a s n o c h e s ,
ig n o r a l o s s u e ño s,
lo q u e n o f u e , n o s e r á ,
sin forzar l a u t o p ía ;
un a l u z d e un t i nt e r o j o
so b r e e l t a p e t e i n v i s i b l e
lav a n d o c o n b u r b u j a s d i s p l i c e n t e s
p a l a b r a s f r ía s y vanas
cual n i e v e d e r r e t i d a
e n un a r r o y o v i a j a ndo.
Ign o r a e s o . . .
q u e alquil ó antaño tu m e n t e .
Ig n o r a, e n f i n ,
s u s p i r o s a l v i e n t o c o n f e r i d o s ,
los qu e u n a v e z m ás ...
n o p u d i e r o n estrenarse .
E l o y M o n d r a g ó n
D.R.A.
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Autor:
Eloy Mondragón (Seudónimo) (
Offline) - Publicado: 15 de septiembre de 2023 a las 22:33
- Categoría: Sin clasificar
- Lecturas: 8
- Usuario favorito de este poema: alicia perez hernandez.
Offline)
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