Pote rachado

bjpafa

 

Ò oleiro velho, de mãos couraçadas,
Quanta olaria partiste, quantos padrões

saíram gravados na matéria brilhante que temos na estante,

Vasos diversos para as nossas plantas, grandes em olaria, 

As sociedades oloestéticas, as colheres de secretas teorias, não de letras mais saborosas.

A guilda dos oleiros desde o neolítico, molda a colagem, governa a faiança.

 

Suporte para assar um chouriço um dos pináculos da olaria, 

que outra iguaria se embeleza melhor na orgulhosa  simplicidade 

de um bagaço a arder, a gordura a pingar, os candidatos 

que mastigam umas azeitonas, broa de milho vinho que lhes cai bem.

Bastante a olaria quebrada,


Cerâmica afundada, barro para salgar o futuro chouriço, 

Ânforas cheias de vinho para deglutir. 

Sementes de girassol, trigo dourado, queijo curado.

 

Neptuno,
Um acontecimento
Banal, afundamento.
A raiz de um momento
Tempo de descarrilar,

sem restos de cerâmica 

no chão empoeirado do mar

alegria antropológica,

e sempre alguma lógica,

vão procurá-la.

 

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  • Autor: Mera Gente (Seudónimo) (Offline Offline)
  • Publicado: 19 de diciembre de 2013 a las 06:48
  • Categoría: Cuento
  • Lecturas: 64
  • Usuario favorito de este poema: El Hombre de la Rosa.
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Comentarios1

  • El Hombre de la Rosa

    Una preciosa y grata manera de escribir poesía amigo Mera gente
    Un placer leerte...
    Críspulo el Hombre de la Rosa...



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