Senhor... Dai Força às Minhas Mãos

J. Carlos

SENHOR...
DAI  FORÇA  ÀS  MINHAS  MÃOS

 

Meu golpe certeiro com o machado, na árvore logo acertou,

E ela, coitada, com tal golpe, logo a sua seiva chorou,

Dorida e admirada, por tal coisa, eu nela estar fazendo...

Mas só fiz isso, porque a sua lenha eu queria já apanhar,

Mas agora que vejo esta triste árvore a chorar,

Já bem me arrependi...e voltar atrás, eu tanto estou querendo. 

 

Mas o golpe mortal, já nela eu tinha dado,

E agora à sua sombra, eu não vou estar mais sentado,

Tendo sido esta, a minha estúpida maneira da recompensar...

Pois eu, pobre vadio, sem nesta vida ter eira nem beira,

Só pensei naquela triste e egoística maneira,

Do frio invernoso, deste meu corpo... eu depressa tirar.

 

E agora, que de tristeza a minha árvore tanto chorou,

Sei que a minha alma... também se lamentou,

Por eu, tal coisa ter feito, sem com o coração ter falado...

Portanto, meu Deus, antes de partir para um outro lugar,

Dá força ás minhas mãos, para uma outra árvore eu plantar,

P’ra quem vier atrás, à sua sombra, poder lá ficar sentado.

 

(J. Carlos - Dezembro 2010)

in Livro 1 "O Outro Lado da Minha Alma"

https://plus.google.com/u/0/collection/kAoOnB

 

  • Autor: J. Carlos (Seudónimo) (Offline Offline)
  • Publicado: 23 de febrero de 2012 a las 18:12
  • Categoría: Sin clasificar
  • Lecturas: 39
Llevate gratis una Antología Poética ↓

Recibe el ebook en segundos 50 poemas de 50 poetas distintos


Comentarios1

  • zza

    O homem encarregou-se de dañar a natureza
    ojala faça para voltar a compo-la
    semeemos a semente de novo
    por um melhor mundo

    gostei muito o que escreve

    muitos abraços

    ZZa

    • J. Carlos

      Bom dia Estimada Amiga ZZa, Feliz por me visitar e ter gostado deste meu simples poema, pois ele procura ser o meu "grito" de angustia perante uma natureza que, dia a dia, vai ficando mais danificada pelo egoismo do ser humano.
      O meu Fraterno abraço... cá deste lado do mar
      J. Carlos



    Para poder comentar y calificar este poema, debes estar registrad@. Regístrate aquí o si ya estás registrad@, logueate aquí.