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Ótimo até onde?

24/12/2012
Quem somos sem o sentido do positivo?
A ilesa margarida no horrendus campo de batalha é notada já que alguém se recusa, positivamente, a descrever os crânios estilhaçados ou as visceras escaldantes após um certeiro obús.

A positividade é uma opção.

Não diz do peso que carrega,
não mete a mão no bolso vazio.
Comenta com alegria a rude roupa rasgada adaptada para o terceiro filho, afirmando que é melhor o quinto crescer devagar, senão, nem tanto remendo lhe chegará aos pézitos calejados.
O coração quebra mas parece não se importarem.
A cabeça explode e decidem pensar com os calcanhares.
Estes comunicam através de sapateado uma mensagem de esperança.

O ótimista é invencível porque quando lhe cai o céu em cima da cabeça grita que está lá. Ótimo.
Só vê garrafas meias cheias e guarda-as sempre para uma noite de nevoeiro.
Quando as perde diz que o destino trouxe o nevoeiro para não ver claramente as agruras da vida.
Ser positivo é somar pontos e cumprir planos desnivelados.
Ser positivo é agradecer o que se tem e não perguntar quanto custa.
Por mais que a vida os deixe sem chão eles vivem nos ramos da esperança plantados em floreiras de teimosia.
Nunca morrem, sai-lhes a sorte grande de subir no grande plano das coisas.
E não estimam quem se queixa sem motivo de algo que é uma benção.
Porque a vida é bela.

E é mais ou menos por aí que lhes passa o autocarro por cima!Cabrum!
Valeu a pena, viajar light é mais confortável.
Depois diz qq coisa boa.    

 

Passou um ano por cima destas palavras, e o autocarro não.