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Contra amanhã

O ignorado, suado entrevisto,

o canto de mim avisto.

Não ligo e prossigo na rua calcetada,

cego ao real, perdido na estrada.

 

Perfume que me banhas as narinas.

Sentes as passadas de íntimos estranhos.

Saltos ritmados transportam visões divergentes,

diferentes de algo pertencente ao inquilino.

Afinal não recebo mais renda, penso.

 

Depositarei renda por ordem de saltos e ofendidos 

sem data a renda, sem montante definido até de mim me dar por perdido

 

E os saltos batem, sinos tocam e o tempo enrola-se no sofá,

sem querer acordar de manhã, contra a ameaça da alvorada.