J. Carlos

Canto ao Alentejo

 

CANTO AO ALENTEJO

 

Canto ao Alentejo de belos tons e sois ardentes,

Recordando com saudade as amenas tardes quentes,

E a madorna convidante à soneca debaixo do sobreiro…

Canto às saudades da água da barragem… refrescante,

Dos bandos de patos selvagens que em voo rasante,

Por lá ficavam, e só fugiam quando ouviam o rafeiro.

 

Lembro o olival de azeitonas pretas, enfeitado,

Do saboroso azeite por todos nós tão apreciado,

Tirado das azeitonas de sabores frutados e picantes…

Lembro o céu azul, pela neblina quente sombreado,

Do negro do céu, pelas estrelas brilhantes salpicado,

Que faz sonhar com outros mundos, do nosso, tão distantes.

 

Canto ao Alentejo dos cantes pelo vento suão levados,

Das tristezas das suas gentes que nos corpos alquebrados

Sentem a falta dos trigais, e das lindas espigas ondulantes…

 

Canto simplesmente ao Alentejo,

Com os campos… que ainda de verde estão pintados!

 

( J. Carlos – Maio 2013 )